Cristiano Ronaldo voltou a estar no centro das atenções após declarações explosivas sobre a direção do Manchester United. Numa entrevista exclusiva ao jornalista britânico Piers Morgan, transmitida pela TalkTV, o internacional português não poupou críticas aos donos do clube, a família Glazer.
“Os donos do clube — os Glazer — não se preocupam com o clube. Nunca os vi. Não estão interessados no clube, na estrutura desportiva ou no bem dos adeptos”, disparou Ronaldo, visivelmente incomodado.
As palavras do craque surgiram num contexto de crescente descontentamento entre os adeptos dos “Red Devils”, que há anos protestam contra a gestão dos Glazer, acusando-os de usar o clube apenas como fonte de rendimento, sem qualquer paixão pelo futebol.
Críticas à gestão e falta de evolução.
Ronaldo foi mais longe, dizendo que, desde a saída de Sir Alex Ferguson, o clube “não evoluiu nada” e que a estrutura permaneceu praticamente inalterada em termos de tecnologia, pessoal e ambição desportiva.
“Desde que saí do United e voltei, quase nada mudou. A piscina, a cozinha, o ginásio… tudo está igual. Um clube deste tamanho devia estar no topo da inovação, mas não está”, acrescentou.
Reacções e consequências.
As declarações causaram ondas de choque dentro e fora de Old Trafford. Muitos adeptos aplaudiram a frontalidade do jogador, enquanto outros consideraram as palavras desrespeitosas para com a instituição.
A direção do clube reagiu dias depois com um curto comunicado:
“O Manchester United está a avaliar a entrevista e decidirá as medidas apropriadas após reunir todos os factos.”
Pouco tempo depois, ambas as partes acordaram em rescindir mutuamente o contrato, pondo fim ao segundo capítulo de Ronaldo com o clube inglês.
Impacto nas redes sociais.
As redes sociais fervilharam com as declarações. Hashtags como #GlazersOut e #RespectRonaldo tornaram-se virais no Twitter, refletindo a polarização entre quem vê Ronaldo como um herói que disse a verdade e quem o acusa de sabotar o balneário e desestabilizar o clube.
