A multinacional americana Nike, fornecedora oficial de material esportivo do FC Barcelona, está pressionando o clube catalão a considerar uma mudança histórica e carregada de simbolismo: entregar a lendária camisa 10 ao jovem Lamine Yamal a partir da próxima temporada. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10) pelo jornal catalão El Nacional.
Segundo a publicação, a Nike vê em Yamal o potencial para se tornar o novo rosto global da marca e quer associá-lo de forma direta ao número mais icônico da história recente do clube. A motivação por trás da proposta, além da questão simbólica, é fortemente comercial: desde a saída de Lionel Messi, em 2021, a camisa 10 deixou de ser a mais vendida do elenco blaugrana — um status que a gigante esportiva quer recuperar urgentemente.
Ansu Fati e o peso da 10.
Atualmente, a camisa 10 pertence a Ansu Fati, outra joia da base que foi apontada como o sucessor natural de Messi, mas que viu sua ascensão ser interrompida por uma série de lesões. Embora ainda jovem, Fati não conseguiu corresponder às expectativas e foi emprestado ao Brighton, da Inglaterra, nesta temporada. Seu futuro no Barcelona é incerto, o que levanta a possibilidade de a camisa 10 voltar a ficar disponível em breve.

Mesmo com a posse atual da numeração, a Nike estaria pressionando os dirigentes culés a repensarem a distribuição do número para a próxima campanha, especialmente se Ansu não retornar ao elenco principal ou for envolvido em alguma negociação.
Lamine Yamal: talento precoce e estrela em ascensão.
Com apenas 16 anos, Lamine Yamal já se consolidou como uma das grandes sensações da temporada, tanto no Barcelona quanto na seleção espanhola. Com maturidade, criatividade e ousadia em campo, o jovem ponta-direita tem chamado a atenção do mundo do futebol e é visto como a nova grande esperança do projeto esportivo do clube.
A Nike acredita que, ao assumir a camisa 10, Yamal poderia se tornar não apenas um símbolo da nova geração blaugrana, mas também um fenômeno de marketing. A movimentação seria estratégica para alavancar as vendas globais de uniformes e fortalecer a imagem da marca em torno do jogador.
Uma decisão que vai além do marketing.
A possível troca, no entanto, não depende exclusivamente da fornecedora de material esportivo. A diretoria do Barcelona terá de ponderar diversos fatores antes de tomar qualquer decisão: o impacto esportivo e emocional em Ansu Fati, a pressão em cima de um jogador ainda em formação e, sobretudo, o peso que a camisa 10 carrega dentro do clube.
Desde os tempos de Diego Maradona, passando por Rivaldo, Ronaldinho e Lionel Messi, o número 10 do Barça é mais que uma camisa — é um símbolo de genialidade, protagonismo e responsabilidade. Dar esse número a Lamine Yamal tão cedo pode acelerar sua consagração, mas também colocá-lo sob uma pressão imensa.
Nos bastidores do Camp Nou, a discussão promete ser intensa. Enquanto isso, Lamine Yamal segue jogando com naturalidade, encantando os torcedores e alimentando a expectativa de que o futuro do Barcelona já começou — e talvez traga a camisa 10 de volta aos ombros de um verdadeiro fenômeno.
