O futebol feminino moçambicano vive um momento de crescimento notável, impulsionado pela criação de novas academias em várias províncias do país. Maputo, Beira e Nampula são as regiões que mais se destacam nesta nova fase de investimento no desporto feminino.
Nos últimos meses, surgiram pelo menos cinco academias exclusivamente dedicadas ao desenvolvimento de jogadoras jovens, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Estas instituições oferecem treinos regulares, acompanhamento técnico, nutricional e até apoio escolar, criando uma base sólida para a formação de futuras atletas de alto rendimento.

Torneio Nacional Sub-17 à vista.
A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) anunciou recentemente a realização de um torneio nacional feminino sub-17, previsto para o segundo semestre de 2025. A competição reunirá equipas de todas as regiões do país, com o objetivo de identificar os melhores talentos para integrar as seleções nacionais jovens.
“Este torneio será o ponto de partida para a criação de uma geração forte no futebol feminino moçambicano. Queremos garantir que as jogadoras tenham oportunidades reais de representar o país em provas internacionais”, afirmou um representante da FMF.
Crescimento sustentável e apoio comunitário.
A expansão do futebol feminino tem sido possível graças ao envolvimento de treinadores locais, apoio de organizações não-governamentais e parcerias com escolas e clubes. Em Maputo, a Academia Estrela Feminina já conta com mais de 80 meninas inscritas, enquanto em Nampula a recém-criada “Rosas do Norte” já compete em torneios locais com grande sucesso.
Além disso, os clubes tradicionais começam a criar equipas femininas de base, como o Costa do Sol e o Ferroviário de Maputo, que já abriram inscrições para captar jovens atletas.
Sonhos que ganham forma.
Para muitas destas meninas, o futebol é mais do que um desporto — é uma oportunidade de crescer, sonhar e até mudar de vida. Com cada passe, golo e treino, elas vão conquistando o seu espaço num país onde o futebol, até há pouco tempo, era quase exclusivamente masculino.
