A seleção nacional de futebol de Moçambique, os Mambas, não disputará a fase de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CHAN) 2025, uma decisão que gerou grande surpresa e indignação entre torcedores e analistas esportivos do país. O CHAN, que reúne exclusivamente jogadores que atuam nas ligas locais, é uma competição importante para o desenvolvimento do futebol doméstico. No entanto, problemas estruturais, administrativos e desportivos levaram à ausência dos Mambas na disputa.
1. Falta de inscrição atempada na competição.
Um dos principais motivos apontados para a ausência da seleção moçambicana foi a falha administrativa da Federação Moçambicana de Futebol (FMF). Relatórios indicam que o processo de inscrição para as eliminatórias do CHAN 2025 não foi concluído dentro do prazo estipulado pela Confederação Africana de Futebol (CAF). Essa situação levantou críticas à gestão da FMF, que enfrenta acusações de falta de organização e profissionalismo.
2. Limitações financeiras.
Outro fator significativo foi a questão financeira. A FMF tem enfrentado dificuldades orçamentárias, o que teria influenciado a decisão de não priorizar a participação no CHAN. Com custos elevados para viagens, logística e preparação da equipe, a federação optou por concentrar recursos em outras competições, como as eliminatórias para a Copa Africana de Nações (CAN).
3. Calendário desportivo apertado.
A ausência dos Mambas também pode ser explicada pela sobrecarga do calendário futebolístico. A seleção principal e os clubes locais têm enfrentado agendas intensas, o que dificulta a preparação adequada para competições como o CHAN. Essa falta de planejamento prejudicou a capacidade de Moçambique de competir de maneira eficiente em múltiplas frentes.
4. Baixo nível de desenvolvimento do futebol doméstico.
O CHAN é uma vitrine do futebol local, mas as condições do campeonato moçambicano têm deixado a desejar. A infraestrutura limitada, o baixo investimento nos clubes e a falta de competitividade do Moçambola impactam diretamente na qualidade dos jogadores selecionáveis. Sem um campeonato interno forte, a seleção também perde força para competir no nível continental.
5. Prioridades estratégicas mal definidas.
Alguns analistas apontam que a ausência dos Mambas reflete uma falta de clareza nas prioridades estratégicas do futebol moçambicano. Embora o CHAN seja uma competição voltada para o desenvolvimento, ele parece ter sido colocado em segundo plano em favor de outras iniciativas, como o foco na qualificação para o CAN e competições juvenis.
Consequências e lições para o futuro.
A ausência no CHAN 2025 é um golpe para o futebol moçambicano, que perde uma oportunidade de destacar os talentos locais e fortalecer o campeonato interno. Além disso, o episódio expõe a necessidade urgente de reformas estruturais e administrativas na gestão do desporto no país.
Para que situações semelhantes não se repitam, é essencial que a FMF estabeleça processos mais eficazes e transparentes. Investimentos no futebol doméstico, melhorias na infraestrutura esportiva e uma gestão mais profissional podem ajudar a colocar Moçambique de volta no mapa do futebol continental.
Enquanto isso, os torcedores seguem esperançosos de que os erros cometidos sirvam de aprendizado, e que o futuro traga melhores resultados e mais oportunidades para os Mambas brilharem em competições internacionais.
nao concordo com a justificacao da FMF,
Obrigado pelo teu feedback…
Isso e injusto, FMF não pode fazer isso é péssimo
Muito pessimo…